Entrevistas

Entrevista com André Perinotto, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba

O pesquisador e Professor Associado André Perinotto, Doutor em Ciências da Comunicação, traz instigantes questionamentos sobre o poder das mídias no turismo. Compartilha dicas de como internacionalizar a carreira de um pesquisador, a partir da realização de parcerias. Fala ainda sobre as novas tecnologias e sua aplicação no turismo e destaca:

“…quanto mais nós compreendermos o corpo humano, fazendo o uso da tecnologia, mais nós vamos entender também de quanto isso vem moldando o processo da viagem das pessoas”.

Entrevista com Letícia Lima, do Instituto Federal de Brasília

A professora e pesquisadora Letícia Bianca Barros de Moraes Lima, especialista em turismo inclusivo, compartilha os resultados de suas investigações e apresenta boas práticas identificadas em diversas regiões do mundo. Ressalta a necessidade de incluir as pessoas com deficiências para que estas ajudem a pensar em soluções de melhorias, pois, afinal, elas que são as usuárias destes espaços. Ressalta que os empresários precisam desenvolver, cada vez mais, a empatia e ter a compreensão que cada tipo de deficiência gera um tipo de atendimento, equipamento e adaptação.

Entrevista com João Caetano, da Universidade dos Açores

Aluno da Licenciatura em Turismo, João Caetano, compartilha a sua experiência de realizar Erasmus na Universidade de La Laguna, Tenerife. Quando questionado se tomou uma boa decisão em fazer Erasmus, afirma: “como acadêmico foi a melhor decisão que tomei na vida e foi muito rica a nível pessoal” e acrescenta: “estou arrependido de não ter feito (Erasmus) a mais tempo”. Sugere aos alunos interessados em realizar o Programa que tenham a mente aberta e que disfrutem muito.

Entrevista com Sara Altmann, da Universidad de La Laguna

Entrevista com Sara Altmann, doutoranda em Turismo pela Universidad de La Laguna, Tenerife, que investiga os observatórios de turismo integrantes do “International Network of Sustainable Tourism Observatories” (INSTO), da Organização Mundial de Turismo. Sara afirma que:

“… los observatorios de turismo son necesarios, es como una herramienta muy útil y muy importante para los destinos turístico, porque como todos sabemos, no se puede gestionar, lo que no se puede medir”.

Entrevista com Daniel Correia, da Wingslance

Jovem empreendedor e apaixonado por turismo, Daniel Correia idealizou a Wingslance Health & Nature, empresa que alia turismo de natureza ao bem estar e a saúde. Nesta entrevista, ele compartilha um pouco sobre a sua trajetória e deixa dicas a outros jovens empreendedores. Fala sobre a importância da incubadora da Universidade dos Açores (inUAc) para o desenvolvimento das suas ideias empreendedoras e comenta sobre a sua participação na European Innovation Academy.

Entrevista com Carlos Costa, da Universidade de Aveiro

Professor Catedrático, Presidente da Plataforma Nacional de Turismo e Especialista em Turismo na Comissão Europeia, Carlos Costa, traz diversos apontamentos de como podemos planejar e gerir melhor o turismo. Em uma conversa conduzida por Carlos Picanço, destaca a relevância de qualificarmos as pessoas e de investirmos em ciência e investigação. Ressalta a importância da inovação, sustentabilidade, inclusão e trabalho colaborativo entre os diversos stakeholders do turismo.

Entrevista com Fevzi Okumus, do Rosen College

Professor no renomado Rosen College of Hospitality Management e Editor-chefe do prestigiado International Journal of Contemporary Hospitality Management, Fevzi Okumus, em uma descontraída conversa com Teresa Tiago, deixou várias reflexões sobre turismo, hospitalidade e resiliência, assim como dicas a estudantes, pesquisadores e profissionais da área.

Entrevista com Xosé Somoza e o BIP Erasmus

Alunas da Universidade dos Açores relatam experiência de participação no Blended Intensive Program (BIP) Erasmus “Turismo y Crisis: Análisis de los planes y actuaciones desarrolladas frente a la COVID-19 en destinos turísticos”. Este Programa foi coordenado pelo professor Xosé Somoza, da Universidade de León, Espanha, com parte online e presencial.

Venha conhecer um pouco sobre este BIP, assim como escutar o seu idealizador. O que o motivou? Quais são os parceiros? E isso tudo em um clima bem descontraído, neste vídeo produzido pelas alunas.

Entrevista com Cláudia Chaves, do Lava Jazz

Cláudia Chaves, proprietária do Lava Jazz, conta como surgiu a ideia do empreendimento, qual foi o impacto da Covid para o setor do turismo e deixa muitas dicas interessantes para os alunos que desejam empreender ou trabalhar na área.

“… nós temos que estar sempre a aprender, sempre em reciclagem de informação… principalmente com as alterações, numa velocidade que existe, principalmente na área do turismo… tem sempre que estar atualizado, com as novas ferramentas, a nova forma de receber as pessoas… temos que estar sempre a atualizar conceitos”. (Cláudia Chaves)

Entrevista com Carlos Picanço, da Futurismo Azores Adventures

Que tal conhecer a trajetória do Diretor Comercial e Marketing da Futurismo Azores Adventures, Carlos Picanço? Sempre envolvido com novas ideias e projetos, ele é um questionador nato que deseja contribuir para o desenvolvimento sustentável dos Açores.

Carlos é Embaixador para Portugal no Transformational Travel Council (TTC) e na Adventure Travel Trade Association (ATTA).

Nessa entrevista será possível saber um pouco mais sobre a Futurismo Azores Adventures e sobre o projeto “Os Guardiões dos Açores”.

Entrevista com Sara Vieira, do Canadiano Urban Nature Hotel

Venha se inspirar com a trajetória da ex-aluna da Universidade dos Açores, Sara Vieira, Licenciada em Turismo. Recentemente, terminou o Mestrado em Ciências Econômicas e Empresarias com uma dissertação sobre o marketing digital na hotelaria. Atua como Assistente em Marketing no Canadiano Urban Nature Hotel.

Conheça o percurso desta jovem, os desafios que enfrentou e saiba sobre o seu ponto de vista em relação à retomada do turismo nos Açores.

Entrevista com Luiz Moutinho

Quer conhecer um pouco sobre novas tecnologias e turismo? Que tal compreender algumas mudanças no mercado de trabalho? Assista a entrevista com o Professor Doutor Luiz Moutinho, reputado especialista em Marketing, com especial enfoque em Inteligência Artificial, Neurociência em Marketing e Investigação de Futuros.

Luiz Moutinho deixa algumas dicas aos estudantes, entre elas: “Olhem para as facetas do mundo que estão a envolver todo o ser humano”; “olhem para o turismo, não como uma indústria estática, mas como uma indústria em movimento”; “especializem-se, mas por outro lado sejam generalistas para poder, realmente, ter um acompanhamento de base humano, profissional”; “Não olhem para o marketing do século passado, não olhem para paradigmas obsoletos!”.

Entrevista com João Pinheiro

O NETUA entrevistou o presidente da Associação de Alojamento Local dos Açores (ALA), João Pinheiro, que se manifesta sobre a proposta de lei para o setor da habitação, que irá impactar diretamente os Alojamentos Locais (AL).

Acha que a situação do Governo Central sobre o congelamento de licenças em Alojamentos Locais em Portugal é benéfica? Quais os eventuais impactos para os setores turístico e imobiliário? 

Tenho a certeza de que esta proposta de congelamento de licenças generalizada no país, é muito má para todos, em especial para o turismo em Portugal. Para termos a noção do seu impacto, só com a publicação desta proposta de lei, está a existir uma corrida aos registos de Alojamento Local. Mesmo que estas casas não sejam colocadas no mercado turístico, a intenção é salvaguardar que terão o Registo Nacional de Alojamento Local, criando aqui um contrassenso ao propósito da proposta de lei. Esta proposta de lei vai mais longe e atribui poder à maioria dos condóminos para juntos, poderem encerrar um AL no seu condomínio. Isso trará um impacto grave a quem vive deste setor e tem toda a sua vida organizada para tal, colocando o poder nas mãos de outros, não dependendo diretamente do empreendedor. Um espírito de vizinhança arruinado. 

Esta medida terá ainda um grande impacto no (des)emprego, destruindo estes pequenos negócios, bem como levará ao fecho de todo um conjunto de negócios diretamente abrangido pelo setor, tais como restauração, lavandarias, empresas de gestão etc. Em suma, estamos a falar em destruir um setor que contribuiu 40% para o setor do turismo de Portugal, são cerca de 18.000M€. É um valor que não pode passar despercebido e deixará cair num abismo agravando as circunstâncias em que já vivemos fruto das últimas crises económicas.

Que tipo de consequências irão existir, se for aplicado este congelamento às licenças, nos Açores?

Temos orgulho em estarmos protegidos pela nossa Autonomia, e a maioria destas medidas não estão abrangidas na nossa Região Autónoma dos Açores (RAA). Contudo, uma medida desta dimensão na nossa Região, teria o mesmo impacto, já que contribuímos, e muito, para o PIB regional com cerca de 220M€ de impacto Global (em 2022), tendo 55% da disponibilidade das camas regionais e 35% das dormidas. Contribuímos ativamente para o sucesso que se vive no turismo dos Açores. Para não falar que estamos dia a dia a reabilitar os centros urbanos e rurais e contribuímos para a fixação de pessoas nas 9 ilhas. Colocar um travão no AL dos Açores, é colocar um travão no desenvolvimento da nossa Região.

Acha que o alojamento local permitiu uma maior dinamização, em geral, do turismo no arquipélago? 

Com certeza, estamos presentes nos 19 concelhos da RAA, e isso cria fluxos para toda a economia local. Não estamos localizados só nos centros urbanos, criando por vezes constrangimentos. Temos esse benefício de distribuir riqueza por toda a área geográfica e por todos as pessoas, criando uma alavancagem na economia circular em toda a Região.

Quais os diferenciais de um alojamento local em relação a um hotel? 

Primeiro o atendimento personalizado. A nossa disponibilidade quase permanente e em pessoa é a alma do nosso negócio. Recebemos os nossos hóspedes como se de um familiar se tratasse, pois são bem-vindos à “nossa casa”. Temos uma proximidade e personalização que a hotelaria tradicional não tem. A possibilidade de vivenciarem espaços diversificados e privados, ambientes familiares e temáticos, à escala da nossa vivência, é uma mais valia. Em suma, somos tipologias de alojamento que se complementam e não fazendo tanta concorrência como se esperava, pois normalmente os turistas que procuram um e outro, são pessoas com os seus gostos bem definidos quanto ao tipo de alojamento que escolhem para pernoitar.

Quais são as estratégias que são mais benéficas para tornar um alojamento mais atrativo perante a procura?

Primeiro, o conforto do alojamento é o mais importante. A casa tem que ter qualidade nas comodidades que apresenta, boas e resistentes materialidades e higiene rigorosa. Quem aluga um alojamento local está à procura de uma experiência de vivência, e esta tem que ser confortável. Ter condições para dormir acima do nível de qualidade: cama, colchão e atoalhados são de uma importância imensa. Segundo, a preocupação com a sustentabilidade. A utilização de materiais endógenos e produtos “Marca Açores” que são muito apreciados por quem nos visita. Terceiro, estabelecer uma boa comunicação com o público alvo.

Poderia contar sobre o trabalho que a Associação de Alojamento Local dos Açores tem desenvolvido?

A ALA é relativamente recente. Nos últimos anos, a antiga direção e eu próprio, tivemos a missão de afirmar a ALA no panorama regional, além da responsabilidade de representar todo um setor vital para a acomodação turística nos Açores. Travamos muitas batalhas, em especial no decorrer dos últimos 3 anos, desde a COVID-19, o Programa de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) até à Taxa Turística etc. Foram muitas as frentes de combate, além de inúmeras reuniões e pareceres com entidades públicas e privadas, sempre no sentido de demonstrar a relevância e importância que o Alojamento Local tem para o turismo açoriano. Realço o “Estudo do Impacto do AL na Economia dos Açores”, no ano de 2022, que apresentamos, e que demonstrou que somos um setor ativo na economia dos Açores. A missão desta nova direção é a da Profissionalização do setor. Criar mais ferramentas para os nossos associados e parcerias, é uma urgência a curto prazo, nomeadamente, a promoção e uniformização da comunicação e a criação de uma app que ajude no preenchimento das estatísticas mensais, porque estas são uma “arma” importante para o setor – a demonstração de resultados.

Por fim, acha que os alojamentos locais têm ainda espaço para crescer nos Açores ou poderá acabar saturado?

Acredito que ainda vamos crescer nos próximos anos. Será um crescimento menos acelerado do que nos últimos anos, pois o setor está em fase de maturação, com alguns ALs a saírem do mercado e outros novos a aparecerem. É o mercado da oferta e procura a trabalhar em pleno. O AL é a prova de que pouca burocracia e a democracia na atividade, pode automaticamente funcionar em prol da sociedade e da economia.

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Um comentário sobre “Entrevistas

  1. Anônimo 19 de março de 2024 / 14:39

    Excelente conteúdo! Parabéns a toda equipe!

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